Ouvir e Ver o Marco da Légua: Mapeamento cultural do bairro do Marco

Projeto Ouvir e Ver o Marco da Légua

Uma das ações do projeto é o mapeamento cultural do bairro, com ênfase nas práticas musicais. Serão considerados os pontos de produção cultural visíveis ao caminhar pelo bairro e, a partir do mapeamento, será constituído um mapa cultural do bairro e serão analisadas as expressões culturais que aparecerem. Apesar da ênfase nas práticas musicais, outras produções artísticas serão consideradas. Ao fim, pretende-se ter uma dimensão sociocultural da sociabilidade, cultura e uso do espaço público no referido bairro.

A primeira fase do projeto foi uma expedição imagético-sonora ao longo da Avenida 25 de Setembro (atual Rômulo Maiorana) na qual foram feitas fotografias e gravações dos sons cotidianos dos espaços percorridos. A segunda etapa do projeto foi a mostra fotográfica resultante desta expedição imagético-sonora denominada Ação 25 Viva!, ocorrida no dia 05 de janeiro de 2016 no Bar do Mineiro.

As gravações estão sendo trabalhadas pelo compositor paraense Marcos Cohen e comporão a trilha do vídeo produto final do projeto.

 Ação 25 Viva! Foto: Líliam Barros, 2016.

Equipe: 

Líliam Barros

Breno Barros
Marcos Cohen

Rayssa Dias

21!

21!

Foto: Líliam Barros, 2015.

Ação 25 Viva! Mostra fotográfica.

Projeto Ouvir e ver o Marco da Légua

Ação 25 Viva! Mostra fotográfica

No dia 05 de janeiro de 2016 foi montado varal fotográfico com 16 fotografias captadas durante a Expedição Imagético-Sonora por Líliam Barros e Breno Barros, ocorrida em 29 de dezembro de 2015. Os temas emergiram ao longo da caminhada no trecho entre o início da Feira da 25 até a travessa Perebebuí, à altura do Bosque Rodrigues Alves, ao longo da Avenida 25 de Setembro. As temáticas prioritárias foram: árvores/verde; convivialidade entre os moradores da área e os canteiros; lixo urbano; Feira da 25. Várias narrativas foram tomadas pela estudante de jornalismo Rayssa Dias (UERJ). Somos grat@s ao Bar do Mineiro pela parceria.

O varal fotográfico foi montado nas árvores que ladeiam o tradicional Bar do Mineiro, situado na esquina da Curuzú com a 25 de Setembro. O varal ficou à mostra para transeuntes costumeiros e despertou curiosidades, debates sobre a avenida, sobre os canteiros e emergiram reflexões e memórias sobre sociabilidade dos moradores neste espaço.

A mostra fotográfica constituiu a segunda etapa do Projeto Ouvir e Ver o Marco da Légua e esteve disponível no local entre os horários de 08h00 e 12h00.

 Preparação dos varais. Foto: Líliam Barros, 2016.

  Preparação dos varais. Foto: Líliam Barros, 2016.

 Foto: Líliam Barros, 2016.

Foto: Líliam Barros, 2016.

 Janey Vencelau. Foto: Líliam Barros, 2016.

 Visitante moradora da Avenida 25 de Setembro. Foto: Líliam Barros, 2016.

 Rayssa e Emmerson. Foto: Líliam Barros, 2016.

 Leonel Barros. Foto: Líliam Barros, 2016.

 Visitantes moradores da Travessa Curuzú. Foto: Líliam Barros, 2016.

Visitantes moradores da Travessa Curuzú. Foto: Líliam Barros, 2016.

Lateral do Bar do Mineiro. Foto: Líliam Barros, 2016.

Foto: Yasmin Wallen, 2016.

Paradoxalmente, ao mesmo tempo que a mostra fotográfica emanava reflexões sobre preservação ambiental e as áreas verdes da avenida, um mangueira centenária estava sendo derrubada em frente à Câmara Municipal de Belém, na travessa Curuzú.

Mangueira sendo derrubada na travessa Curuzú. Foto: Líliam Barros, 2016.

Ouvir e Ver o Marco da Légua: Narrativas de feirantes e moradores da 25 de Setembro

Feira da 25. Foto: Líliam Barros, 2015.

Ouvir e Ver o Marco da Légua

Narrativas de feirantes e moradores da Avenida 25 de Setembro

Rayssa Dias
Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
Grupo de Pesquisa Música e Identidade na Amazônia - GPMIA

As entrevistas com moradores e comerciantes da avenida tiveram como mote a relação destes sujeitos com o espaço. Assim, o roteiro de entrevista buscou conhecer o tempo em que as pessoas vivem no bairro e na avenida, seus hábitos cotidianos, suas percepções sobre as alterações que o espaço urbano sofreu ao longo do tempo e suas opiniões sobre projetos de alteração deste espaço residencial.

A Rua 25 de Setembro é cheia de significados para seus moradores, mas também ocupa um espaço muito especial para aqueles que trabalham nela. Dona Nivea, comerciante de ervas, temperos e castanhas da Feira da 25 há mais de 30 anos, conta que as relações ali são sempre especiais. “Eu tenho clientes que herdei do meu pai, que era feirante antes de mim. Famílias inteiras pelas quais sou conhecida e conheço pelo nome, que vi nascerem, crescerem e vem aqui sempre”.

Nivea acompanhou de perto as transformações da Feira e da 25 de setembro, como a modernização das instalações, que trouxe mais conforto para feirantes e clientes, e a escalada da violência dos entornos. “Muita gente já me disse que deixou de sentar na frente de casa por medo de ser assaltado, é uma pena né? Um costume tão legal”.

Quando perguntada sobre o que achava do projeto de alargamento das pistas da rua, se mostrou apreensiva com a perda de mais um ambiente de lazer e a possível quebra de costumes, como o de sentar embaixo das árvores e o futebol nas quadras do amplo canteiro. “Todo mundo aqui se conhece, mas pode acabar desestruturando e perdendo a cara de ambiente familiar, virando uma avenida onde ninguém se fala”.

Projeto Ouvir e Ver o Marco da Légua: Ação 25 Viva!

Expedição Imagético-Sonora na 25 de Setembro. Foto: Líliam Barros, 2015.

Projeto Ouvir e Ver o Marco da Légua

No dia 29 de dezembro de 2015 foi realizada caminhada etnográfica imagético-sonora na Avenida 25 de setembro, no período entre o início da Feira da 25 até a Travessa Perebebuí. Além da captação imagética foram percebidos e gravados sons que gravitaram a avenida naquele período da expedição. Após esta caminhada será feita a segunda etapa do projeto, denominada Ação 25 Viva! que consiste numa mostra fotográfica de caráter etnográfico. Nesta etapa, será montado varal fotográfico no Bar do Mineiro, parceiro da pesquisa, com intenção de oportunizar o acesso ao resultado da pesquisa aos transeuntes costumeiros do espaço e a quem mais se interessar. A terceira e última etapa consistirá num produto audiovisual com imagens e sonoridades da Avenida 25 de setembro.
 
Local: Árvores da esquina onde fica o Bar do Mineiro (Esquina da Travessa Curuzú com Avenida 25 de Setembro)
Data: 05.01.2016
Horário: 08:00 às 12:00

Tod@s convidad@s.